segunda-feira, 14 de abril de 2008
O MAR
O MAR
(Michel Quoist)
As vidas eficazes nem sempre são aquelas que atraem a atenção. Não são as dos orgulhosos que se irritam com os obstáculos sem os conseguir ultrapassar.
As vidas humildes, sob o olhar de Deus, iluminadas pela Sua graça e irradiando para os outros, essas sim são sempre eficazes.
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« (1 Cor. XIII, 4-7)
A caridade é paciente, a caridade é benigna, não é invejosa; a caridade não se ufana, não se ensoberbece, não é inconveniente, não procura o seu interesse, não se irrita, não desconfia, não se alegra com a injustiça, mas rejubila com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta».
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“Vi, Senhor o mar escuro e impetuoso provocar os rochedos.
As ondas vinham de longe, tomavam ímpeto.
De pé, orgulhosas, elas saltavam, empurravam-se umas às outras, para se ultrapassarem e chegarem em primeiro lugar.
Quando a espuma branca desaparecia, deixando o rochedo intacto, elas tornavam a correr, para se lançarem de novo sobre as rochas.
Vi, outro dia, o mar calmo e sereno.
As ondas vinham de muito longe, devagarinho, para não chamar a atenção.
Dando as mãos, elas deslizavam sem barulho e estendiam-se ao longo da areia, para chegar à margem, através dos seus belos dedos de espuma.
O sol acariciava-as docemente e, generosas, quando recebiam os seus raios, distribuiam a sua claridade.
Senhor, faz com que evite os golpes desordenados, que fatigam e ferem, sem ajudar o outro.
Afasta de mim as cóleras espectaculares que chamam a atenção, mas deixam enfraquecido inutilmente.
Não permitas que, orgulhosamente eu queira ultrapassar os outros, deixando para trás os que caminham ao meu lado.
Afasta de mim o ar sombrio das tempestades vencedoras.
Ao contrário, Senhor, faz com que, calmamente eu encha os meus dias, como as ondas que cobrem toda a praia.
Faz-me humilde como elas, embora silenciosas e doces elas avancem sem se fazer notar.
Faz com que acolha os meus irmãos e acompanhe o meu passo com o deles, para subirmos em conjunto.
Concede-me a perseverança triunfante das ondas.
Faz com que cada um dos meus recuos seja ocasião de novo avanço.
Dá ao meu rosto a claridade das águas límpidas, à minha alma, a brancura da espuma.
Ilumina a minha vida, como os raios do Teu sol fazem cantar a superfície das águas.
Mas, sobretudo Senhor, faz com que eu não guarde só para mim esta Luz e que todos os que se aproximarem de mim, possam voltar ávidos de se banharem na Tua graça eterna”.
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