terça-feira, 22 de abril de 2008

Uma reconciliação urgente


2008
Abril / Taizé
Mateus 5,23-24: Uma reconciliação urgente

Jesus disse: «Se fores, portanto, apresentar uma oferta sobre o altar e ali te recordares de que o teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa lá a tua oferta diante do altar, e vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão; depois, volta para apresentar a tua oferta.» (Mateus 5,23-24)

Acolhendo-nos, Deus dá-nos a paz. Mas a paz de Deus não anestesia. A palavra do Evangelho não pode deixar-nos tranquilos. Se diante do altar, diz Jesus, que quer dizer em presença de Deus, «te recordares de que o teu irmão tem alguma coisa contra ti», deixa tudo e «vai primeiro reconciliar-te».

A palavra de Jesus mexe connosco. Ela encoraja-nos mesmo a permitir que nos acorram lembranças difíceis: «Se te recordares de que o teu irmão tem alguma coisa contra ti…» A paz de Deus não leva a esquecer as tensões, os conflitos, as situações de injustiça.

Uma lembrança difícil pode ser uma palavra ou um gesto que me magoaram. Pode ser também a descoberta de que sou eu a causa, real ou imaginária, de um sofrimento numa outra pessoa, ou de que alguém «tem algo contra mim», como diz Jesus. O Evangelho chama-nos a ousar enfrentar tais situações.

Para dar um primeiro passo no sentido da reconciliação não são necessários longos preparativos. Jesus diz mesmo que não é necessário «apresentar primeiro a sua oferta», não é necessário acabar bem a sua oração. Ele diz-nos: Deixa lá a tua oferta, vai já, agora, reconciliar-te. Tal como és, podes reconciliar-te com o teu irmão.

Porquê esta urgência da reconciliação? Porque é que Jesus é tão categórico? É que Deus é paz. Procurar Deus e procurar a paz é uma coisa só. É por isso que o Evangelho nos chama a dar prioridade à reconciliação. Cristo convida-nos a comprometer-nos e a lutar com um coração reconciliado.

Para avançar no caminho da reconciliação, é melhor renunciar a perguntar se não deveria ser o outro dar o primeiro passo. Jesus não diz: «Procura primeiro saber quem teve e quem não teve razão.» Ele diz: «Vai, agora, reconciliar-te.» Pois é assim que Deus age connosco. Sem impor condições, é ele quem, primeiro, vem ao nosso encontro.

Salvos Na Esperança



O exemplo de uma santa da nossa época pode, de certo modo, ajudar-nos a entender o que significa encontrar pela primeira vez e realmente este Deus. Refiro-me a Josefina Bakhita, uma africana canonizada pelo Papa João Paulo II. Nascera por volta de 1869 – ela mesma não sabia a data precisa – no Darfur, Sudão. Aos nove anos de idade foi raptada pelos traficantes de escravos, espancada barbaramente e vendida cinco vezes nos mercados do Sudão. Por último, acabou escrava ao serviço da mãe e da esposa de um general, onde era diariamente seviciada até ao sangue; resultado disso mesmo foram as 144 cicatrizes que lhe ficaram para toda a vida. Finalmente, em 1882, foi comprada por um comerciante italiano para o cônsul Callisto Legnani que, ante a avançada dos mahdistas, voltou para a Itália. Aqui, depois de « patrões » tão terríveis que a tiveram como sua propriedade até agora, Bakhita acabou por conhecer um « patrão » totalmente diferente – no dialecto veneziano que agora tinha aprendido, chamava « paron » ao Deus vivo, ao Deus de Jesus Cristo. Até então só tinha conhecido patrões que a desprezavam e maltratavam ou, na melhor das hipóteses, a consideravam uma escrava útil. Mas agora ouvia dizer que existe um « paron » acima de todos os patrões, o Senhor de todos os senhores, e que este Senhor é bom, a bondade em pessoa. Soube que este Senhor também a conhecia, tinha-a criado; mais ainda, amava-a. Também ela era amada, e precisamente pelo « Paron » supremo, diante do qual todos os outros patrões não passam de miseráveis servos. Ela era conhecida, amada e esperada; mais ainda, este Patrão tinha enfrentado pessoalmente o destino de ser flagelado e agora estava à espera dela « à direita de Deus Pai ». Agora ela tinha « esperança »; já não aquela pequena esperança de achar patrões menos cruéis, mas a grande esperança: eu sou definitivamente amada e aconteça o que acontecer, eu sou esperada por este Amor. Assim a minha vida é boa. Mediante o conhecimento desta esperança, ela estava « redimida », já não se sentia escrava, mas uma livre filha de Deus. Entendia aquilo que Paulo queria dizer quando lembrava aos Efésios que, antes, estavam sem esperança e sem Deus no mundo: sem esperança porque sem Deus. Por isso, quando quiseram levá-la de novo para o Sudão, Bakhita negou-se; não estava disposta a deixar-se separar novamente do seu « Paron ». A 9 de Janeiro de 1890, foi baptizada e crismada e recebeu a Sagrada Comunhão das mãos do Patriarca de Veneza. A 8 de Dezembro de 1896, em Verona, pronunciou os votos na Congregação das Irmãs Canossianas e desde então, a par dos serviços na sacristia e na portaria do convento, em várias viagens pela Itália procurou sobretudo incitar à missão: a libertação recebida através do encontro com o Deus de Jesus Cristo, sentia que devia estendê-la, tinha de ser dada também a outros, ao maior número possível de pessoas. A esperança, que nascera para ela e a « redimira », não podia guardá-la para si; esta esperança devia chegar a muitos, chegar a todos.

Texto tirado da: CARTA ENCÍCLICA
SPE SALVI
DO SUMO PONTÍFICE
BENTO XVI
AOS BISPOS
AOS PRESBÍTEROS E AOS DIÁCONOS
ÀS PESSOAS CONSAGRADAS
E A TODOS OS FIÉIS LEIGOS
SOBRE A ESPERANÇA CRISTÃ

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Missão


"Missão é partir, caminhar, deixar tudo, sair de si, quebrar a crosta do
egoísmo que nos fecha no nosso Eu. É parar de dar volta ao redor de nós
mesmos como se fossemos o centro do mundo e da vida. É não se deixar
bloquear nos problemas do pequeno mundo a que pertencemos: a humanidade é
maior. Missão é sempre partir, mas não devorar quilômetros. É, sobretudo,
abrir-se aos outros como irmãos, descobri-los e encontrá-los. E, se para
descobri-los e amá-los, é preciso atravessar os mares e voar lá nos céus,
então missão é partir até os confins do mundo". (Dom Hélder Câmera)

terça-feira, 15 de abril de 2008

A vida


A vida é uma oportunidade, aproveita-a.
A vida é beleza, admira-a.
A vida é beatificação, saborei-a.
A vida é sonho, torna-o realidade.
A vida é um desafio, enfrenta-o.
A vida é um dever, cumpre-o.
A vida é um jogo, joga-o.
A vida é preciosa, cuida-a.
A vida é riqueza, conserva-a.
A vida é amor, goza-a.
A vida é um mistério, desvela-o.
A vida é promessa, cumpre-a.
A vida é tristeza, supera-a.
A vida é um hino, canta-o.
A vida é um combate, aceita-o.
A vida é tragédia, domina-a.
A vida é aventura, afronta-a.
A vida é felicidade, merece-a.
A vida é a VIDA, defende-a.

Madre Teresa de Calcutá

segunda-feira, 14 de abril de 2008

O MAR


O MAR
(Michel Quoist)

As vidas eficazes nem sempre são aquelas que atraem a atenção. Não são as dos orgulhosos que se irritam com os obstáculos sem os conseguir ultrapassar.
As vidas humildes, sob o olhar de Deus, iluminadas pela Sua graça e irradiando para os outros, essas sim são sempre eficazes.

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« (1 Cor. XIII, 4-7)
A caridade é paciente, a caridade é benigna, não é invejosa; a caridade não se ufana, não se ensoberbece, não é inconveniente, não procura o seu interesse, não se irrita, não desconfia, não se alegra com a injustiça, mas rejubila com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta».

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“Vi, Senhor o mar escuro e impetuoso provocar os rochedos.
As ondas vinham de longe, tomavam ímpeto.
De pé, orgulhosas, elas saltavam, empurravam-se umas às outras, para se ultrapassarem e chegarem em primeiro lugar.
Quando a espuma branca desaparecia, deixando o rochedo intacto, elas tornavam a correr, para se lançarem de novo sobre as rochas.

Vi, outro dia, o mar calmo e sereno.
As ondas vinham de muito longe, devagarinho, para não chamar a atenção.
Dando as mãos, elas deslizavam sem barulho e estendiam-se ao longo da areia, para chegar à margem, através dos seus belos dedos de espuma.
O sol acariciava-as docemente e, generosas, quando recebiam os seus raios, distribuiam a sua claridade.

Senhor, faz com que evite os golpes desordenados, que fatigam e ferem, sem ajudar o outro.
Afasta de mim as cóleras espectaculares que chamam a atenção, mas deixam enfraquecido inutilmente.
Não permitas que, orgulhosamente eu queira ultrapassar os outros, deixando para trás os que caminham ao meu lado.
Afasta de mim o ar sombrio das tempestades vencedoras.

Ao contrário, Senhor, faz com que, calmamente eu encha os meus dias, como as ondas que cobrem toda a praia.
Faz-me humilde como elas, embora silenciosas e doces elas avancem sem se fazer notar.
Faz com que acolha os meus irmãos e acompanhe o meu passo com o deles, para subirmos em conjunto.
Concede-me a perseverança triunfante das ondas.
Faz com que cada um dos meus recuos seja ocasião de novo avanço.
Dá ao meu rosto a claridade das águas límpidas, à minha alma, a brancura da espuma.
Ilumina a minha vida, como os raios do Teu sol fazem cantar a superfície das águas.

Mas, sobretudo Senhor, faz com que eu não guarde só para mim esta Luz e que todos os que se aproximarem de mim, possam voltar ávidos de se banharem na Tua graça eterna”.

terça-feira, 8 de abril de 2008

Deixar este mundo um pouco melhor...



Carta de despedida escrita pelo fundador do escutismo Baden Powell

"Escoteiros: Se porventura vocês tiverem visto a peça "Peter Pan", deverão estar lembrados de que o chefe-pirata estava sempre fazendo o seu "discurso de moribundo", porque receava que, possivelmente, quando chegasse a hora de ele morrer, não tivesse mais tempo para dizer tais coisas.
Acontece quase a mesma coisa comigo e, assim, e embora neste momento eu não esteja morrendo - qualquer dia destes eu morrerei - , quero enviar a vocês uma palavra de despedida. Lembrei-me de que será a última vez que vocês ouvirão minhas palavras. Portanto, pensem bem nelas. Eu tenho tido uma vida muito feliz e quero que cada um de vocês também tenha uma vida feliz. Acredito que Deus nos colocou neste mundo alegre para que sejamos felizes e para gozarmos a vida. A felicidade não provém do fato de ser rico, nem meramente de ter sido bem sucedido na carreira; e, tampouco, de sermos indulgentes para com nós mesmos. Um passo na direção da felicidade é o de tornar-se saudável e forte enquanto se é ainda um jovem, de sorte que possa vir a ser útil e, dest'arte, gozar a vida quando for homem.
O estudo da natureza mostrará a vocês quão repleto de coisas belas e maravilhosas Deus fez o mundo para vocês gozarem. Alegrem-se com o que receberam e façam bom proveito disso. Olhem para o lado brilhante das coisas, ao invés do lado sombrio delas. Contudo, a melhor maneira de obter felicidade é proporcionar felicidade à outras pessoas. Tentem deixar este mundo um pouco melhor do que o encontraram e, quando chegar a vez de morrerem, possam morrer felizes com o sentimento de que, pelo menos, não desperdiçaram o tempo, mas sim fizeram o melhor que puderam. Estejam preparados, desta maneira, para viverem e morrerem felizes, sempre fiéis à Promessa Escoteira de vocês, até mesmo depois que deixarem de ser jovens - e que Deus os ajude a cumpri-la. Vosso amigo, Baden-Powell."

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Carta de Jean Vanier 2008


Queridos Amigos,

Por ocasião dum retiro que dei na Lituânia, em Outubro passado, para os grupos de Fé e Luz e os que querem começar uma ARCA, houve uma mãe que deu um testemunho muito comovente.
Quando a sua filha nasceu com uma deficiência ela viu esse facto com um maldição. Quando, nos transportes públicos as pessoas olhavam para elas com curiosidade e, por vezes, com maldade, ela passava por momentos em que queria desistir de viver. Depois, um dia, entrou num Igreja onde viu um grupo de pessoas, das quais algumas tinham uma deficiência, felizes, rindo e dançando. Era uma comunidade de Fé e Luz. Na sequência desse encontro passou a frequentar empenhadamente uma comunidade Fé e Luz e aquilo que lhe tinha aparecido como uma maldição, tornou-se uma bênção.
Para muitos pais, a deficiência dos seus filhos, pode parecer uma maldição. Para muitas pessoas no nosso mundo a vida pode parecer uma maldição. O que é preciso para que uma maldição se torne uma bênção? Não é esta a questão central para todos
nós? Como podemos ajudar a criar comunidades que possam tornar-se fontes de bênçãos para quem se sente amaldiçoado?
Ouvimos cada vez mais falar das maldições que estão em risco
de afectar a nossa terra: maldições ecológicas e climáticas, terrorismo e guerras. Estes riscos aumentam, segundo parece, com o desenvolvimento industrial da China, da Ìndia e de muitos outros países que querem recuperar um atraso económico. Eles
vão precisar de muito petróleo (a China está a criar 40 novos aeroportos !) E todo esse petróleo vai produzir cada vez mais anidrido carbónico… Há como que uma corrida louca para o desenvolvimento que se arrisca a levar a humanidade para um
crise de dimensões nunca vistas...
maldição ?
Hélène Elsida, professora de economia e de teologia, dizia recentemente numa conferência pública que esta crise poderia tornar-se uma sorte grande para a humanidade! Esta maldição poderia tornar-se numa bênção. A corrida em direcção ao « mais » : mais energia, mais dinheiro, mais força, mais competição, mais produção,
vai levar-nos, dizia ela, « direitinhos contra a parede ». A solução não é procurar o « menos » : menos produção, menos salário etc., mas encontrar juntos soluções novas para mais humanidade. Não sabemos o quais serão essas soluções. Não serão fixadas à partida por algumas pessoas ou países com poder. Será algo inteiramente novo. Nascerão dum diálogo em que cada um não tentará defender os seus próprios
interesses, mas procurará apenas o bem da humanidade. Juntos e não em competição e luta, mas em diálogo franco e busca em comum, encontraremos soluções … soluções de paz.
E este solução implicará menos velocidade e mobilidade e mais interioridade; menos consumo e mais relações; menos técnica e mais humanização ; menos dispersão e mais unidade ; menos competitividade e mais comunidade; menos individualismo e mais partilha e vida conjunta.
..
Estamos em tempo de Natal, um ano novo começa. É um tempo em que queremos viver a paz. Celebramos o nascimento dum menino, o nascimento do Menino. O menino tão frágil, tão vulnerável, sem sistema de defesas, mas amado e protegido pelo amor dos seus pais. É preciso pôr-nos à escuta deste menino que fica maravilhado e
contempla, que nos ensina a brincar, a rir, a celebrar, a dançar, a descontrair, a gostar de nós, a dar-nos presentes a nós mesmos, a beijar-nos. Ensina-nos a ternura e a confiança, ensina-nos a humildade. Vamos construir juntos um mundo de
crianças e para as crianças onde haja menos competição e mais festa e dança. Jesus diz-nos que para entrar no Reino dos Céus temos que nos tornar como crianças. Também nos diz que se acolhemos um pequenino em Seu nome, acolhemos o próprio Deus. Sim, as crianças têm muito a ensinar-nos ! Entremos na brincadeira das crianças, na dança das crianças para podermos contemplar, amar-nos e rezar juntos ao nosso Pai do Céu. Hélène Elsida dizia : menos mobilidade e consumo e mais relação. Sinto-me feliz por estar no meu lar na ARCA e poder festejar e celebrar a vida junto com outros.
Já estou em Trosly há mais de 43 anos. É o meu lugar, a minha terra, mesmo se durante a minha vida viajei muito. É certo que na ARCA muitas coisas mudaram externamente. Estamos num mundo que valoriza a mudança.
É preciso sempre algo novo: novas máquinas, por vezes novos parceiros, novidades…, novidades… fartamo-nos do que é velho. Mas o essencial da comunidade permanece:
é a alegria das relações que duram há 20, 30, 40 anos. A Arca é o lugar da aliança, da fidelidade, da celebração, da vida em conjunto. Não é aqui que reside a bênção ?
Deus esconde-se nas crianças, nestas relações de ternura e de fidelidade e na comunidade que celebra. Ele é tão vulnerável, tão cheio de amor, tão humilde diante da nossa liberdade! E Deus é sempre novo. Faz tudo ficar novo.
Boa festa de Natal, bom anos novo. Alegro-me com as comunidades da ARCA e de Fé e Luz e tantas outras comunidades que colocam no coração as pessoas diferentes e fracas. Que este ano seja para todos um ano de bênção.
Gosto de citar este pequeno texto de Tagore e gostaria que se tornasse verdadeiro para mim.

Eu Te dou graças Senhor por a minha missão ser o estar com os deserdados que sofrem
e carregam o fardo dos poderosos, escondendo as suas faces e abafando os seus soluços na escuridão.
Pois cada pulsação da sua dor palpitou na secreta profundidade da noite
e cada insulto foi recolhido no Teu grande silêncio
E o amanhã pertence-lhes.
Ó Sol levanta-te sobre os corações que sangram, para que floresçam como a flor da manhã
(O cesto da fruta)

Dou graças pela bênção da minha vida, dou graças por esta comunhão entre nós que me dá vida e
esperança. Sinto-me profundamente feliz na ARCA e em Fé e Luz. Obrigada pelos vossos postas de Natal
e pelos vossos votos, obrigada pelas vossas orações e por esta comunhão que me ajudam e me alegram.
Rezem por mim, para que possa continuar por este caminho que Jesus me oferece.
Jean Vanier
Carta de Jean Vanier, Ano Novo de 2008
Tradução: Fé Luz - Portugal

Comunidade


«Penso que, desde a minha juventude, nunca perdi a intuição de que uma vida em comunidade pode ser um sinal de que Deus é amor; só amor. Pouco a pouco crescia em mim a convicção de que era essencial criar uma comunidade de homens decididos a dar toda a sua vida, e que procurassem sempre compreender-se mutuamente e reconciliar-se: uma comunidade onde a bondade do coração e a simplicidade estivessem no centro de tudo.»

(Irmão Roger, Deus só pode amar, pág. 40)